quinta-feira, 24 de março de 2016

(In)Confidência
























Gostava de poder sussurrar-te ao ouvido o quanto gosto de ti (mas eu sei, que isso tu sabes), até me atrevia a sussurrar-te com toda a minha doçura o quanto te amo, o quanto te desejo e o quanto te quero entranhado no ventre da minha pele, até porque, os maus momentos, em confidência, vamos partilhando mutuamente.
Acontece que essa revelação seria da minha parte um gesto de afecto suicida, na medida que duvidarias da genuinidade do meu sentir, zombarias e me feririas logo de seguida.
Ainda que te escreva estas linhas, na mudez do meu coração, elas para ti, são o que são, meras palavras alinhadas numa frase pomposa com o propósito de captar a tua exclusiva atenção, uma vez que as palavras, como tu dizes, são meras metáforas bem engendradas que o vento leva ao esquecimento em breves sopros de primavera.
Resumindo e baralhando, estamos precisados de passar à etapa seguinte, e partilhar os bons momentos que ainda nos possam vir a ser proporcionados. Caso contrário, estaremos sempre condenados ao castigo da espera eterna, e às (in)confidências continuadas.