Gostava de poder dizer que não existes, que és fruto da minha fértil imaginação, mas não posso.
Gostava de poder dizer que não te conheço, que nunca atravessaste o meu caminho afectivo, mas não posso.
Gostava até de poder dizer que não te penso, que não sinto a tua falta, nem que não te tenho entranhado na veia do meu desassossego, mas não posso.
Gosta de ter todo esse poder, mas ainda não consegui atingir o auge desse momento áureo, o de te fazer passar à história na minha sádica memória, como se tivesse sido abatida por um ataque de amnésia vitalício.
Agora digo-te, se eu fosse dona do meu sentir, há muito que te tinha banido do meu artefacto bicho-do-mato. Lamentavelmente esse meu feito permanece adiado por tempo indeterminado.
Para mal do meus pecados, continuo a ficar irada e destemperada quando me ignoras por vingança e retaliação, principalmente quando sei que estás mesmo ali, disponível, para o demais "inferno feminino".
Tantas me hás-de fazer que um dia vens e eu já estou bem longe, a anos luz de ti.
Sabes meu querido, há pianos de cauda muito bonitos, mas quando desafinados, já não valem a pena serem tocados.
Há pessoas que demoram mesmo quando chegam cedo...
ResponderEliminarUm beijinho, Maria Flor
:), pois é Miss Smile.
ResponderEliminarEstes relógios ainda não foram inventados. Mas certo é que os planos invertidos, ou paralelos, tentam oscilar com vista a respetiva interseção, mas sem grande sucesso. Há dimensões impossíveis de atingir. Já me resignei e baixei os braços.
Beijinho grande com grande estima e admiração.
Maria Flor...esperar...esperar e não poder dizer que não espera....
ResponderEliminarO dizer que "não posso".... é difícil dizer "posso". Custa. Mas aprende-se! Sofre-se. Mas o dom da liberdade é inesgotavemente delicioso!!!